A ideação do projeto surgiu por meio de uma antiga demanda dos servidores públicos do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal – SSE/DF que ansiavam por cursos específicos voltados a sua realidade laboral. Em 2014, após a desativação do antigo CAJE, maior unidade de internação para adolescentes em conflito com a lei da América Latina, Servidores-Atletas foram convocados pela então Coordenadora de Internação, Aparecida Velasco do Nascimento Souza, para a implementação de um novo projeto cujo objetivo seria aliar o conhecimento instrucional em segurança à capacitação profissional de servidores públicos sob um prisma mais humanizado, eficiente e menos lesivo.

      De acordo com a necessidade peculiar da demanda, Saldanha, destacou e desenvolveu o termo Segurança Protetiva, explicito no Projeto Político Pedagógico Socioeducativo do Distrito Federal, porém, até então, sem utilidade prática e sem a visibilidade correspondente a sua real importância. Estabeleceu, assim, primeiramente a base dos elementos técnicos pragmáticos no campo da defesa pessoal, imobilizações táticas e contenções utilizando o jiu-jitsu brasileiro como base técnica dos cursos devido a sua maior eficiência e menor lesividade em uma situação de risco real. Estipulou também elementos psicológicos de prevenção e mediação de conflitos ligados a teorias e técnicas de segurança e psicologia.

       Dessa forma, foram registradas as seguintes obras intelectuais: Princípio e técnicas protetivas de contenção e o Programa de defesa pessoal, imobilizações táticas e contenções em Segurança Protetiva. Assim, devido ao sucesso e reconhecimento, a Capacitação em Segurança Protetiva também foi ampliado à Escola de Governo do Distrito Federal – EGOV/DF, e, após trabalho intenso junto a capacitação profissional de servidores públicos de diferentes seguimentos do Distrito Federal, Saldanha, juntamente com o Agente Socioeducativo, Fernando Lucas Mesquita e Fonseca, receberam, em 2016, o convite oficial do comando da PMDF/ROTAM para realizarem Cursos de Segurança Protetiva também para essa organização militar, sob a coordenação do instrutor de Defesa Pessoal e Faixa Preta de jiu-jitsu, Bernardo Gouveia de Siqueira Campos.

         Tendo em vista a natural expansão do projeto, foi necessária a criação de um novo símbolo que abraçasse toda demanda em ascensão na medida em que essa era incorporada. Diante o fato, Saldanha, ampliou-se a ideação da obra criando uma plataforma intelectual de técnicas e teorias mais completas e apropriadas, nomeando-a, de Sistema Operacional de Segurança – SOS. O objetivo principal dessa ampliação foi direcionar a metodologia para públicos diferentes, seja esses conexos ao serviço público, à iniciativa privada ou ao terceiro setor. Outro escopo dessa obra fora também alcançar o cidadão contemporâneo no exercício pleno de sua cidadania, ou seja, uma ferramenta não somente na formação de servidores públicos, mas também, no preparo consciente do cidadão através da instrução e treinamento aliados ao alertamento social da necessidade contemporânea do conhecimento básico em Segurança Protetiva.

         Atualmente, o Projeto também já passou pela Universidade de Brasília – UNB, Ministério do Desenvolvimento Social – MDS, Secretaria de Educação – SEE/DF, Instituto Brasilia Ambiental - IBRAM, Departamento Nacional de Infra- estrutura e transporte - DNIT, Departamento de Transito – DETRAN, Associação Urumakan de Karatê Tradicional – UK, Escola Nacional de Administração Pública – ENAP , Ministério da Cultura e Ministério da Cidadania. Tendo um público fiel que acompanha a trajetória e o desenvolvimento da Segurança Protetiva sob a perspectiva do Sistema Operacional de Segurança, foi criada uma pagina no Facebook, onde são publicadas fotos e vídeos referentes a diferentes cursos, seminários e eventos com intuito de divulgar esta nova proposta educativa, informativa e de orientação social.   

    Nosso maior desejo é compartilhar edificantes momentos de aprendizado e crescimento em benefício da cidadania universal com o apoio de diferentes organizações nacionais e internacionais que tenham a paz dos povos por principio e objetivo. Segurança Protetiva, esclarece o autor, não engloba apenas aspectos de defesa pessoal, mas é antes de tudo um trabalho educativo, de orientação social e cidadania. Hoje, diferentes órgãos públicos e instituições particulares já tiveram acesso a essa nova metodologia, cujo principal objetivo é o desenvolvimento dos potenciais humanos em beneficio da paz social.

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​                                                                                                     Márcio Saldanha

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